
Eu ando tentando tirar um pouco de tudo o que eu sinto de mim, como se eu tivesse limpando os excessos. Sabe o excesso de dor, de saudade, de medo, de coragem, de tristeza… Até de felicidade? Mas principalmente, antes de qualquer outro, de amor. Tô querendo afastar esses excessos da vida, esses excessos que sobram quando algo acaba, e são os excessos que ficam como lembrança. Às vezes se é tão feliz, que quando não é mais, o pouco da felicidade que restou, aquele excesso, sabe? Fica atormentando, fazendo-me lembrar o quão bom era ser feliz, ou ser amado. Ou então machuca, rasga, sangra e quando passa… Você sente falta daquele peso enorme que tamanho sentimento provocava, mesmo que seja uma falta ruim. E eu não quero mais isso. Eu tô aliviada pra inflar o peito e ter orgulho de dizer que eu cansei dos excessos. Eu me amo, acima de tudo e de qualquer pessoa, eu amo muito. Eu aprendi que eu tenho que me amar, mesmo que o resto do mundo odeie. Eu rasgo meu peito, tiro tudo, se preciso, até o que não é excesso… Mas, juro, que dentro de mim não vai sobrar excessos. Não vai sobrar mais nada. E, eu corro atrás, bato o pé, implico quase sempre e choro também, choro muito. Mas quando eu lembrar que me amo muito e for embora; quando eu guardar minhas coisas dentro da mala, até as mensagens do celular… Quando eu desaparecer das redes sociais e desligar o celular durante a noite e querer dormir a madrugada inteira ouvindo algo que me acalme os nervos e não a mente, então não me espere voltar mais. Porque, eu me apego, e eu passo por cima de todos os meus orgulhos, até peço pra voltar atrás e consertar os erros. Não espere de mim frieza e indiferença, no fim de tudo. Eu não vou mudar. Quando todos os meus excessos se esgotarem, eu apenas, vou embora. E vou pra nunca mais ter que olhar pro fundo do posso novamente.
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