domingo, 23 de outubro de 2011


E quando menor, acreditava que o papai noel era aquele velho, gordo e barbudo que vestia uma roupa toda vermelha com um gorro na cabeça e deixava presentes para mim debaixo da árvore de natal, que todo ano ajudava arrumar com minha mãe. Lembro dela às vezes pedir para eu colocar uma estrela bem na ponta da árvorizinha, mais como eu não alcançava, ela chamava o papai para me ajudar. Acreditava em fadas dos dentes, aquela que a cada vez que um dos meus dentes caia, colocava uma moedinha ou um doce embaixo do meu travesseiro. Como toda criança eu tinha sonhos, sonhos que acreditava realizá-los. Não via a hora de se tornar “gente grande”, sabe para que? Para poder usar aquelas roupas perfeitas, aqueles saltos enormes da mamãe e também queria encontrar aquele certo “príncipe encantado” que existia em todas as histórias que papai lia para mim deitado ao meu lado e logo após a história, ele beijava minha testa e dizia: “Boa noite filhinha, dorme com Deus e papai te ama”. Sabe quando percebi que já havia crescido?Quando descobri que a fada dos dentes, era a mamãe e o papai noel, era o papai. Quando os meus sonhos foram classificados como apenas “sonhos de crianças”. Quando aqueles sapatos perfeitos da mamãe passaram a ser meus. Quando papai olhava para mim e dizia: “A garotinha do papai está crescendo”. E principalmente, quando a primeira lágrima de amor, saiu dos meus olhos

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